Se você sente ardência, queimação ou dor no sexo, é sinal que sua vagina está lotada de memórias nocivas. Pareceu estranho?
É o seguinte: se estamos sobrecarregadas, tensas e cheias de responsabilidade, muitas vezes terminamos o dia com dores e tensões nos músculos do pescoço, ombro ou costas, certo? Com a vagina é a mesma coisa.
Quando a mulher já passou por muitas decepções, traumas ou dificuldades na vida, ela carrega, sem saber, as memórias celulares de todas essas experiências ou pensamentos negativos na sua vagina. Isso, por si só, acaba gerando mais tensão muscular e, consequentemente, dor no momento da penetração.
Dor no sexo é tentativa do corpo te proteger
No caso de mulheres que não conseguem ter nenhuma penetração vaginal, em quase 100% das vezes, essa pessoa faz alguma associação que o sexo é nocivo – seja por influência dos pais, cultura, religião, abusos ou traumas. Assim, a vagina se contrai, involuntariamente, no momento da transa.
Mesmo que queira muito levar o sexo até o fim e esteja excitada com a pessoa parceira, essa mulher inconscientemente se fecha, ela não consegue evitar. E a sua vagina obedece a este comando e impede a penetração, pois o corpo acredita que está protegendo-a de algo.
Essa disfunção é chamada de vaginismo. Mas, por ser algo muito íntimo e que causa vergonha na maioria das mulheres, elas não falam sobre isso com ninguém e sequer buscam tratamento.
Portanto, se você sente dor, ardor ou queimação ao tentar introduzir algo na sua musculatura vaginal (como dedos, brinquedos eróticos, absorvente interno ou o próprio pênis), é provável que tenha vaginismo.
Já atendi milhares de mulheres com vaginismo e quase todas conseguiram reverter a situação. Mas, como o tratamento é de cunho emocional, curar-se significa enfrentar as feridas guardadas. E isso exige, acima de tudo, coragem.
Se você se identifica com isso, veja abaixo os 3 caminhos a serem percorridos para corrigir este quadro.
Passo 1 – Corrigir a causa emocional que leva à dor no sexo
Enquanto você não limpar da sua vagina das memórias emocionais que desencadeiam esse reflexo de proteção, seu corpo continuará se “fechando” para o sexo. Por achar, ainda que de forma inconsciente, que esta atividade é nociva, ele tenta te proteger, impedindo que a relação aconteça.
Por exemplo, é muito comum que mulheres que sentem dor na relação, alimentem, inconscientemente, a ideia de que o sexo é vergonhoso, sujo ou errado. Veja bem, pode ser que conscientemente você não pense dessa forma. Mas, se teve uma educação repressora, ou sofreu algum trauma na cama, essas memórias ficam enraizadas em você, fazendo com que seu corpo não busque mais pela atividade. Ou, ele manifesta a dor e se fecha, para evitar que a relação aconteça.
Quando a vagina está lotada dessas memórias celulares, também podem haver reverberações físicas. Neste caso, o órgão fica apertado e rígido, cheio de nódulos e tensões e com dificuldades de lubrificar.
Tudo isso gera episódios de dor ou ardência na vagina durante a penetração: seja generalizada em todo órgão; em alguns pontos específicos, como só no começo do canal vaginal; ou mesmo no útero, em determinadas posições na cama.
Mas, independente da parte da vagina onde é sua dor, ou da intensidade dela, a verdade é que não é normal sentir nenhum tipo de incômodo físico durante o sexo. Quando isso acontece, o cérebro entende que a atividade não dá prazer e você começa a evitá-la. Assim, sua libido diminui, você tem dificuldade de chegar ao orgasmo ou até mesmo acaba atraindo relacionamentos nocivos, que trazem dor para sua vida.
Por este motivo, recomendo que toda mulher passe por alguma técnica de limpeza uterina. A mais eficaz delas é a Reconsagração do Ventre.
Na Reconsagração do Ventre, realizamos práticas para melhorar sua saúde genital e também “puxar” as memórias instaladas no seu útero e vagina, que estão fazendo haver um processo inconsciente de “defesa” em relação ao sexo.
Ao eliminar as memórias instaladas nesta região, a mulher também relaxa a Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP) sem ter passado por nenhum tratamento físico, por exemplo.
Mas vale esclarecer que a técnica age de forma complementar. Afinal, só trabalhar a emoção também pode não ser suficiente, já que o problema também costuma estar atrelado a causas físicas.
Quero começar agora minha limpeza uterina!
Passo 2 – Mudar comportamentos
Além de limpar as memórias uterinas, também é importante trabalhar os comportamentos que reprimem o sexo na sua vida. Se uma mulher só vive estímulos dolorosos na cama, o corpo para de pedir pela atividade, porque associa que aquilo não traz prazer.
Uma das maiores causas de insatisfação na cama e dificuldade de chegar ao orgasmo é o fato das mulheres fazerem o que chamo de “sexo masculinizado”. Ao imitar a forma do homem buscar pelo prazer, ou, em casos de relações heterossexuais, deixar a responsabilidade pelo seu prazer na mão do parceiro, o corpo feminino não é estimulado da forma correta.
Descubra aqui se você faz um sexo masculinizado
Outro ponto é começar a dar estímulos agradáveis ao corpo, relacionados ao sexo. E a melhor forma de fazer isso é por meio da masturbação. Afinal, se tocar, além de ser fundamental na sexualidade humana, ainda faz com que você conheça seu corpo e possa instruir o outro a te dar prazer da maneira certa. Isso é natural e fundamental na sexualidade humana.
Conheça as 6 dicas mais eficazes de masturbação feminina
Além disso, procure se atentar a todos os detalhes sobre os comportamentos, pensamentos, e emoções que vêm à tona quando o assunto é sexo. Coloque-se em vigília e se analise para entender onde estão os seus bloqueios sexuais no dia a dia. Assim, terá a chance de começar a promover mudanças que beneficiarão sua vida sexual também.
Passo 3 – Trabalhar o bloqueio já manifestado no corpo
Como falei acima, esta tensão muscular na vagina acontece por uma resposta neural de protecao do próprio corpo, achando que o sexo pode ser nocivo. Quando cuidamos desta disfunção emocionalmente, por meio de técnicas de limpeza uterina, como a Reconsagração do Ventre, conseguimos ressignificar esta crença e corrigir a causa do trauma.
No entanto, se já existe uma manifestação física reverberando, também é preciso haver um tratamento neste sentido.
Fisicamente, a fisiologia dessa dor envolve tanto a parte neural, quanto muscular. Então, é preciso fazer exercícios físicos com foco no relaxamento íntimo e na melhoria da consciência corporal. Assim, você conseguirá normalizar a condução nervosa deste local.
Autotratamento físico para a dor no sexo
Aprenda aqui as 3 manobras mais eficazes, de autotratamento físico, para amenizar a dor no sexo.
Deixe um comentário